As atuais mudanças no contexto geopolítico e os avanços tecnológicos permitiram que o antissemitismo saísse dos círculos extremistas e passasse a representar uma ameaça para a sociedade como um todo. Preocupada com esse novo panorama, a UNESCO, a Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e o Escritório para Instituições Democráticas e Direitos Humanos (ODIHR) criaram o Projeto Transformando Palavras em Ação para Enfrentar o Antissemitismo para identificar os elementos usados por extremistas para justificar o antissemitismo de modo a desenvolver estratégias para enfrentá-los através da educação.

 

                        Segundo a UNESCO, a melhor maneira de prevenir ataques e discriminação é educar a sociedade para enfrentar efetivamente esse problema. Com este projeto, a UNESCO começou a fornecer aos educadores ferramentas para desafiar o antissemitismo. Formuladores de políticas públicas também estão recebendo treinamento através do documento Enfrentando o antissemitismo através da educação – Diretrizes para os formuladores de políticas. O guia, que foi lançado este ano, está repleto de sugestões de abordagens e diretrizes para incentivar a resistência dos jovens à intolerância e à discriminação.

 

                       Este guia oferece algumas recomendações sobre como abordar o antissemitismo nas escolas, especialmente no que diz respeito ao estudo do Holocausto, que tem sido negado por muitos grupos extremistas. Ao mesmo tempo, o guia também procura encoraja formuladores de políticas públicas a desenvolver leis que ressaltem o papel desempenhado pela educação nessa questão. O documento também destaca a importância da coesão social, especialmente entre escolas, comunidades judaicas e grupos diversos.

 

Na comunidade judaica, sinagogas, escolas e cemitérios têm sofrido ataques e depredações. Com este projeto, a UNESCO quer afirmar claramente que a educação pode neutralizar as narrativas que incitam o ódio contra os judeus e que, em parceria com as escolas, formuladores de políticas poderão criar uma rede de tolerância e igualdade que eventualmente impedirá novos ataques.

 

Para mais informações, acesse a publicação completa no site: http://unesdoc.unesco.org/images/0026/002637/263702e.pdf

 

Por Barbara Lopes (Brazil / UFRJ)

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