O Brasil é o quinto país mais perigoso do mundo para uma mulher viver. No Brasil, a taxa de feminicídios é de 4,8 para 100 mil mulheres – a quinta maior no mundo segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
No país, a desigualdade entre homens e mulheres ainda é grande como mostra o estudo Estatísticas de Gênero – Indicadores sociais das mulheres no Brasil, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualizado em junho de 2018:
- Geralmente, as mulheres brasileiras precisam conciliar os afazeres domésticos com o trabalho remunerado, e por isso, acabam por trabalhar em carga horária reduzida. De acordo com o IBGE, 28,2% das pessoas que trabalham em período parcial são mulheres, enquanto os homens somam 14,1%.
- Pode-se perceber a vantagem educacional das mulheres em frequência no ensino médio e em número no ensino superior. Em contrapartida, o rendimento delas, em média, é menor que o dos homens no Brasil.
- De acordo com a Divisão de Estatísticas das Nações Unidas (United Nations Statistics Division – UNSD), ¼ das mulheres brasileiras, de 18 a 49 anos, casadas ou em união estável, não usam contraceptivos . O pouco acesso à informação, o casamento precoce e a falta de poder de decisão dessas mulheres as expõe ao risco de contraírem doenças sexualmente transmissíveis, à gravidez indesejada e ao aborto inseguro.
- A representatividade das mulheres brasileiras na vida pública e em posições de liderança é pequena. Em 2017, 10,5% dos assentos da Câmara dos Deputados eram ocupados por mulheres.
- Em 2016, as mulheres representavam somente 39,1% dos cargos gerenciais no Brasil.
Para saber mais, acesse:
https://www.mapadaviolencia.org.br/mapa2015_mulheres.php
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/02/160204_gch_graficos_cancer_fn
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101551_informativo.pdf
Por Lara Elis (Brazil – UFRJ)